Por Charmoso Canalha
Parei pra refletir sobre ações que poderiam possibilitar o desapego de forma mais eficiente. Além do fato de exercermos o auto-controle e buscarmos a morte do ego tal como citada por N.A., podemos extrair mais algumas reflexões concernentes a isso. O resultado pareceu-me meio óbvio de início, mas tornou-se muito interessante quando me inclinei por essa linha de pensamento.
Sabemos que para instigar-se o apego feminino no decorrer do relacionamento, precisamos ser desapegados, agindo de forma contrária aos comportamentos e costumes dos homens que são dependentes da aprovação, apego, e que cobram, além da fidelidade, mais compromisso, mais interesse, mais tempo e maior atenção das respectivas mulheres que os mesmos se relacionam, entre outras tantas práticas equivocados.
O interessante é que, ao desempenharmos tal função, e investirmos realmente no nosso desapego, além de despertarmos o apego simultaneamente na mulher em questão, o desapego torna-se muito mais fácil e natural de ser exercido.
Por que? Quais os motivos de, ao sermos desapegados, vamos nos tornando cada vez mais desapegados, e consequentemente elas se tornam mais apegadas?

Agora, imaginem só a inversão dos papéis? Uma mulher da qual já fomos apegados, conseguimos nos desapegar com o relacionamento em curso, ela tornou-se mais apegada, e nós não sentimos mais tanta atração quanto de início? É evidente a maximização dos resultados.
Por isso o desapego consciente e ponderado só traz vantagens. A tendência dele é fazer com que a dependência dela seja firmada diariamente, artifício este que é muito útil nos eternos jogos emocionais, e eventuais momentos de reflexão da mesma. Se formos ciclar e equacionar o desapego de forma figurativa, será mais ou menos como:
Desapego Masc. = Apego Fem. ═►Apego Fem. = Desapego Masc.²
Quanto maior o desapego da parte do homem, maior o apego da mulher. Quanto maior o apego da mulher, mais acentuado ainda torna-se o desapego do homem.
É evidente que, o desapego por si só não opera milagres. É preciso desenvolver toda uma postura que dê a entender isso. Como também não cristalizar-se ou polarizar-se na rudeza e na aspereza, já dizia Nessahan. O equilíbrio remete a ideia de justiça, tanto nas ações do nosso cotidiano, como em nosso relacionamento. Sem subserviência, e sem total rigidez.
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