sexta-feira, 26 de abril de 2013

NÓS SOMOS DIFERENTES

Por Mikhail


Depois que um confrade iniciou um tópico onde se questiona o fato de Julgar, diga-se, julgar-nos uns aos outros, sendo isso certo ou errado, eu pensei muito sobre o tema e percebi que nos diferenciamos por inúmeras questões, e que cabe sim um ser humano julgar ao outro mediante daquilo que tem sobre sua própria consciência e forma de enxergar a vida, vejamos o porque.


Desde pequeno, creio que pelo menos metade dos confrades daqui, foram criados sob uma educação muito eficaz, e um sinal (prova) disso é a manginisse dos tempos passados que é um reflexo de uma forma linear, única e resultante de uma criação. Fomos criados sendo cobrados o respeito perante todas as pessoas, e, nas mais diferenciadas formas de agir, perante o mundo. Desde respeitar o próximo até respeitar o meio ambiente, e por ai vai.

Minha mãe sempre me alertava, mesmo que parcialmente, das pessoas do mundo afora. Ela falava inúmeras coisas das quais não lembro muito agora, sempre antes de meter o pé pra fora de casa. Com o tempo, isso foi criando um certo pensamento, e uma blindagem, em minha mente, que me evitava de falar com estranhos na rua e de objetivar para tudo o que eu iria fazer fora de casa. A educação que ela me deu foi tão eficaz que tecnicamente eu me concentrava em tudo o que me fazia feliz (brincar, jogar video-game, brincar com os amigos) e esquecia parcialmente de enxergar as pessoas como elas são, e suas atitudes, tanto que só fui descobrir que os seres humanos morriam lá pelos 7 anos de idade (e nesse tempo ainda não sabia o que era crime).

Passei minha infância (até os 12 anos) onde tudo era diversão, e felicidade. Quando eu saia para festas de aniversário, ou para ir na casa de alguém, antes de entrar na casa alheia, minha mãe me dizia muitas coisas para ficar quieto, não bagunçar, não mexer em nada, e que se eu o fizesse, eu seria cobrado em casa. Isso foi tão repetitivo (e nem um pouco opressor) que aprendi a pensar 2x em tudo o que eu ia fazer. Eu aprendi rápido a noção do respeito.

Hoje em dia já não é mais assim. As mães de hoje, muito que dificilmente passam valores, cobram respeito, ou qualquer coisa do tipo, do mínimo que seja, de seus filhos. Criam os moleques de forma livre, onde o que é rotineiro é apenas a comida e a roupa lavada de seus filhos, de resto, não fazem praticamente nada além disso. Um dos maiores problemas que estamos enfrentando na sociedade de agora, é justamente isso. Crianças não educadas crescem de uma forma selvatica e se espelhando em tudo o que não presta, criando essa personalidade "zika" como vemos mais generalmente por ai.

Não é 100%, mas é la pelas casa do 98%, que a maioria dos bandidos, ou de pessoas de péssimo caráter, foram resultante de uma má criação. E é justamente isso, a má criação. Porque, se formos comparar o futuro das crianças que crescem em orfanatos, das que crescem sob uma educação chula, veremos que são dois mundos exatamente opostos. Órfãos melhores se sucedem na vida do que sob os de criação "trouxa".

Então, vemos na mídia, e hoje em geral, pessoas, evangélicos, falsos-moralistas, relativistas, comunas e etc, querendo igualizar as pessoas. Onde eles criam razões e motivos dos quais nos querem impor de que somos iguais a todos e estamos sujeitos a praticar qualquer coisa, de igual para igual. A sujeição a praticar os atos NÃO SIGNIFICA igualdade. Isso é digamos, apenas um conceito de liberdade. Somos livres para ferir-nos uns aos outros, mas isso não nos torna, em um todo, iguais.

Para uma pessoa chegar até você, apontar uma arma e lhe dizer "-Passa sua moto ou morre", ela teve que quebrar uma linha imaginária para conseguir chegar até você e anunciar o assalto. Essa linha imaginária da qual estou falando é literalmente aniquilar o respeito e estar susceptível a causar dor ao próximo, sem limites. E isso se quebra uma única vez, sendo impossível restaurá-la. É se auto-excluir da sociedade onde se participa e estar a par apenas de si próprio e de suas próprias vontades. É tornar-se inimigo e assim permanecer. Quem quebra essa linha, perde a consideração, de uma só vez, de múltiplas coisas ou de quase tudo. Muitos perdem a consideração de si mesmos e acabam se tornando um mal ferrenho para sociedade.

Ferir, nos ferimos uns aos outros, sem exceção, mas apenas para salva-guardar nossa segurança. São feridas passageiras, usadas como um instinto de sobrevivência. Bandidos e foras da lei em geral são pessoas que postaram-se a ser inimigos da sociedade, sem controle, que não pensaram duas vezes em garantir a própria segurança e aniquilar o próximo.

Eu, e provavelmente quase todos deste fórum, não teríamos nem coragem de chegar perto a quebrar essa linha. Isso se dá pelo fato da pessoa em si, possuir amor próprio. Quem possui amor próprio, possui uma consideração enorme pelo próximo, criando assim aquele sistema de comunidade, sociedade e segurança.

Portanto, como é que podemos ser iguais, se as intenções e a forma de enxergar o mundo, são conclusivamente diferentes? Porque um cara que Rouba e que Mata, pode ser colocado no mesmo patamar que eu, que nunca cometi nada disso? Não é de excessãozisse que to falando, mas é de ser um Homem de Verdade, e possuir um caráter sólido, bom e indestrutível. Se o meu valor perante a sociedade é o meu respeito, porque eu não posso julgar, e assegurar minha SEGURANÇA, perante aqueles que não o possuem?

Não somos melhores que ninguém, mas somos diferentes de muitos. E essa diferença que cria em uns a identidade e os valores cívicos e morais, e em outros não. Cabe a si, cada um, desejar estar do lado que melhor se convém. Se eu sou bom, e você é ruim, desculpe, mas eu sou um mal para você, e você é um mal para mim, e nós não se misturamos, e nós não somos iguais, e cada um SERÁ SIM, julgado da melhor forma que convier. Seja pela visão do povo, seja pela justiça do governo, ou pelos olhos de Deus.

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