terça-feira, 27 de setembro de 2011

Fracassos levam a mais fracassos ou às vitórias?

Por Rick Alba

Este tópico não tem o mínimo intuinto de ser auto-ajuda, mas sim de retratar um pouco do que já passei na vida, para ser mais especifíco dos 18 aos 24 anos. Espero que os que possuem essa idade reflitam sobre o descrito abaixo.

Quando se tem 18 anos, você tem uma vida toda pela frente, tirar a CNH, passar em um vestibular para um certo curso, formar-se nesse curso, fazer especialização, ter uma carreira, ganhar dinheiro e por que não escrever um livro da sua área ou, ainda, criar uma teoria?

Comecemos pela CNH, quem nunca se lembra de si mesmo quando estava apredendo a dirigir, no começo pode acabar deixando o carro morrer, esquecer de olhar o retrovisor ou dar seta, forçando a marcha, dentre outras coisas que os senhores bem sabem (os que estão apredendo ou já passaram por isso). Todavia, tudo bem, você aprende, você está bom, digno de filme "Velozes e Furiosos", daí, você vai fazer a prova, puta que pariu, que nervosismo, e se eu não passar? Terei de esperar mais duas semanas, terei de pagar mais $ e o pior, claro, eu fracassei? Bom, acabei reprovando 1 vez, na baliza foi tranquilo para mim, mas na rua cometi um erro absurdo, acabei saindo com o freio de mão, depois eu acabei deixando o carro morrer. 

Fazer o quê? Já era, foi-se, confesso, senti-me um fracassado, o que pensarão de mim? No primeiro momento eu me preocupei, depois percebi a idiotice disso, por que deveria me preocupar com os outros? O importante sou eu, o que eu penso de mim mesmo, se eu não acreditar em mim, quem mais acreditará? Na segunda vez, eu passei sem nenhum erro, de quebra, ainda, com o examinador intitulado como "o reprovador".

Avancemos, agora, para o vestibular, há muitos cursos, óbvio, qual devo escolher? Um que gosto ou um que dá dinheiro? Devido à nossa sociedade temos que pensar dessa forma, infelizmente. No começo eu queria ser médico, desde criança queria ser cardiologista, querendo isso, prestei vestibular para medicina, havia estudado muito, dia e noite, estudando com bastante afinco, eu passei? Não! Fiquei de excedente, não fui chamado, não acreditava no que estava acontecendo, como era possível, eu sabia tudo, achava que sabia, mas é incrível como o conhecimento foge da nossa mente quando precisamos de fato dele. 

Não desisti, era o que eu queria, passei duas semans bem entristecido, mas continuei, no vestibular seguinte fui aprovado, universidade federal, claro, não tinha dinheiro nunca na vida para pagar uma particular. No decorrer do curso, eu vi que não era o que eu queria, não tinha nada a ver, eu queria era fazer alguma diferença na sociedade, não achava que conseguiria através da medicina. Foi aí que eu optei pelo curso de Direito, o racicíonio da matéria do Direito, as incontáveis possibilidades de carreiras diferentes no Direito, no Direito eu conseguiria fazer algo de diferente na sociedade.

No decorrer do curso de Direito, eu já visava alguns concursos, visava concursos de técnico, até a aprovação em um deles, reprovei 2x no concurso de técnico judiciário, fui aprovado no 3º concurso, o complicado é que, após uma reprovação, você pensa e se eu reprovar de novo? Vai somando as reprovações, você fica pensando se é um fracassado, coisas do tipo. Além de, claro, o tanto que você estudou, as vezes que você ficou tão perto da vitória, eu digo que é muito duro, lembro da época, fiquei triste, chorei de verdade e não tenho vergonha alguma de falar que chorei, estaria mentindo se falasse que não.

Posteriormente, pedi exoneração do cargo, eu quis advogar. Uma coisa é fato na iniciativa privada você ganha infinitamente mais do que em um cargo público, todavia, você trabalha até perder a sua alma, se você quiser ser bem sucedido, claro. Fiz outros concursos também.

Bom, você pode pensar que fracassos levam à mais fracassos, no entanto, você está enganado, fracassos levam às vitórias, não possuo dúvida alguma disso, quando você possui um objetivo e passa a dormir com a convicção de que conseguirá alcançá-lo, você pode ter certeza que é um vencedor. As batalhas perdidas não o impedirão de vencer a guerra.

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