Por DiomedesRJ
Desde que descobri que eu quis, nunca mais quis nada igual:
O branco do sorriso, o cheiro da pele,
A curva macia, o vermelho dos lábios,
O som do gemido.
A cortina foi rasgada, e vi o que eu não via...
Que sempre que ela se deu a mim,
Ela me roubava um pouco de mim mesmo:
Um sorriso pelos meus dentes,
Um perfume pelo meu viço,
Um arrepio pelo meu calor,
Um beijo pelo meu ar,
Um gozo pela minha alma.
Dei meu suor pelo conforto dela;
Dei meu sangue pela saúde dela;
Dei minha vida pela vida dela;
E só recebi desprezo, escárnio, traição...
Por um momento minha vista escurece,
Quero apagar minha fraqueza com o medo dela,
Quero apagar minha dor com a lágrima dela,
Quero apagar minha vergonha com o sangue dela!
Me detenho antes de destruí-la,
Pois me perder no ódio me faz mais fraco.
Me ergo da minha ignorância,
Pois aquele que se conhece não pode ser dominado;
Me refaço da minha vergonha,
Pois devo conduzir para não ser conduzido.
Eu a desejo com tanto fervor,
Que a segui para o abismo,
Onde ela me pediria para cair por ela,
Onde eu me atiraria por ela,
Onde ela cairia logo depois,
Pois meu destino e o dela são um.
Me afasto da queda,
Resisto ao chamado dela,
Para salvar a nós dois.
Ela sussurra, chama, grita, berra, chora,
Mas eu digo não, e sigo meu caminho,
Morro por dentro por recusá-la...
Mas ela volta a me seguir,
Como sempre foi,
Como deveria ter sempre sido,
E eu renasço.
Hoje eu a desejo mais que antes,
Mas sou eu meu dono, meu senhor e meu mestre!
Se o mundo delas só tomou e nada deu,
O meu tomará e dará com justiça e paixão.
Não esperarei de ninguém minha salvação!
Sou homem,
E a única recompensa de ser o que sou,
É ninguém duvidar do que eu sou.
Devolverei o mundo ao que ele tem que ser,
Tomarei de volta o que sempre foi meu,
Aprenderei com o passado,
E farei o nosso futuro inteiro.
No meu lugar de direito, e com ela no dela,
Para o bem de todos.
Força, Honra, Fé e Fortaleza,
Sejam minhas até meu olhos não abrirem mais.
E serão.
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