E aê, Marmanjada.

Pois bem, hoje eu vou começar uma série a respeito das nuances da masculinidade.
O que nos faz ser homem em essência (fora o bilau no meio das pernas)? Talvez vocês devem ter percebido que todas as ações ditas masculinas ou “coisas de macho” possuem três fatores: conflito, violência e zona de posterior conforto e dominância.
Todos esses fatores seguem uma ordem natural e não devem ser abaladas por fatores externos, pois então fará que o curso seja interrompido. Apesar dos nomes sugerirem atos voltados ao mundo, saiba que é uma coisa completamente diferente, meu amigo. Ele começa por dentro de você...
Comecemos com uma rápida análise a respeito da vida no geral. O início de uma replicação sexual celular ocorre por duas maneiras: assexuadamente e sexuadamente. Não irei tratar da reprodução assexuada por motivos óbvios, e nem vou remontar a história da evolução. Apenas traçarei uns fatos.
Peguemos nós, mamíferos como exemplo.
O que é natural acontecer para que ocorra a manutenção da vida é a reprodução sexual por meio do cruzamento entre o macho e a fêmea dentro de um bando. A atração se dá por fatores desde genéticos até comportamentais e sociais.
Muitos dizem que existem rituais pré acasalamento entre algumas espécies, aumentando então a tensão da reprodução até que ela ocorra de fato. Desde então, surge o fator primário para a manutenção da masculinidade bem efetivada.

O conflito. Começa com um espermatozóide. Dentro da biologia, o valor de uma fêmea é mais alto em relação a o valor de um macho. Ela pode dar a luz uma vez apenas por ano, enquanto o macho pode engravidar quantas puder. Resumindo então, o óvulo possui um valor biológico maior dentro dessa perspectiva.
Os espermatozóides por serem numerosos competem entre si para alcançar a fecundação e assim, dar sentido à replicação celular que formará mais tarde um indivíduo. Emocionante e clichê, não? Desde cedo, você teve que sair de sua zona de conforto para conseguir o que tem agora, sua vida. Seu primeiro ato pré existência foi um ato conflituoso, algo que te fez perceber uma coisa: ou você fica parado aí esperando o óvulo chegar, ou corre atrás e nasce logo. A competitividade masculina já aparece aí.
Ser homem em primeiro lugar é entrar em conflitos, é impor seu modo de pensar, agir e de sobreviver em relação ao mundo. Somos uma espécie de elemento ativo dentro da natureza. Até o mais simples barco ou uma caçada de alces até a mais complexa construção civil nasceram dos conflitos de vontades e ações internas que demonstraram que ser macho é muito mais do que arrotar na mesa.
E pelo contrário, somos exigidos a todos os momentos esse conflito, desde a ruptura de um namoro que exige conflitos internos para uma melhora emocional posterior até uma entrevista de emprego, onde existe uma mistura de conflitos interiores como: vontade, atitude e falta de medo e nervosismo até como exteriores: seus concorrentes e debatedores de idéias diferentes.
Ser homem em primeiro lugar é assumir seus conflitos e colocá-los na mesa, é não fugir de sua condição de dar a cara a tapa em qualquer situação necessária e principalmente, colocar suas vontades e idéias no papel para constituir um lugar melhor para você e também para a sociedade, caso necessário.
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