segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Bonito no papel? Não mesmo!

Por The Irish Beer

Boa noite, galera. Há uns dias, caminhando na rua depois de devorar boas esfihas de frango com catupiry, tomar minha jurupinga e sentir o cheiro de terra molhada por causa da chuva (poético e escroto, mas acreditem, é bom pra caralho), comecei a ter uns toques de consciência tardia no mesmo estilo da garota Regan.


Algo me dizia "Não é bom nem no papel, Irish! Não é bom nem no papel, he he he!" A voz não me dava medo não, rs. Bom, muitos já devem ter ouvido várias palavras que são pontos comuns que saem das bocas e entram nos ouvidos das pessoas.
Muitas vezes essas frases são espera trem, pra terminar um assunto ou pra colocar algum tipo de conveniência. 
"Eu ouço qualquer tipo de música! Desde o axé até o rock pesado do Cazuza, sou muito eclético e amo música!"(nada contra quem ouve variados tipos de música, é até muito bom isso...enfim, entenderam a sentença).
"Adoro literatura! Paulo Coelho é genial! Aliás...você viu aquela promoção na banca? Você pode ganhar o livro novo do Dan Brown!" 
"O socialismo é muito bonito no papel, pena que na realidade é outra coisa" .

Opa, pera lá. 

Alguém aqui realmente parou pra analisar essa última frase? Bem, pra você falar que o Socialismo é muito bonito no papel, você precisa definir o que é o socialismo e quais são as metas dele. As pessoas costumam falar que o socialismo é bonito pelo fato da ingênua igualdade e bondade entre as pessoas, beirando a uniformidade goiabada com queijo, mas será que isso é realmente uma coisa boa, mesmo que utópica? 

Sintetizando e muito, o socialismo é uma organização prezando pela socialização dos meios de produção, supressão da noção de propriedade privada e livre comércio. Seria a tomada pelos proletários em cima dos detentores da ideologia fomentadora da opressão dual entre Capitalista x Proletário, tal qual a derrubada dos pilares que os tais teóricos marxistas definem como "superestruturas" burguesas (estado, moral, religião, educação, mídia etc). Em suma, a finalidade era a destruição dos ditos valores burgueses para a instauração do poder proletário com uma consequente dissolução de classes, onde todos seriam iguais perante os interesses, deveres e benefícios de uma sociedade comunista. Bom, vamos colocar algumas questões.

Pra você achar bonita a total igualdade, você deve achar bonita as consequências e os meios que fazem tal igualdade acontecer. Estatização deveria ser a nona maravilha do mundo, a queda dos valores morais deveria ser tão bela quanto as fugas de Bach e a supressão das forças da igreja deveriam ser servidas com açúcar mascavo por uma bela garçonete de top.
A igualdade só é alcançada pela padronização do pensamento, do modo de agir e da falta de liberdade mercadológica. Hegemonia faz com que o indivíduo se torne uma formiga a mais pro formigueiro, sem distinção e em tons cinzas.

A falta de teoria faz milagres, rs

No momento em que você instaura a liberdade econômica, o caboclo faz o que quer e como quer em relação aos seus investimentos, desde aí colocando ponta para a diferenciação e valor individual. Onde tá a beleza em ser padronizado igual a todos, sem poder exercer seus atos meritocráticos e diferenciais com o perigo de ter o bedelho estatal enfiado no meio do rabo?
Há quem diga que Marx era vagabundo e mal intencionado, mas a minha tese é a de que ele foi uma criança extremamente amargurada, alegando as notas baixas nas aulas de educação física sala pelo fato da professora correr rápido demais, e não por ele ser um gordinho sudoríparo. Tal pensamento se perpetuou até a sua vida adulta e a máscara ganhou apenas uma maquiagem a mais.

É muito fácil querer ajustar o mundo a você mesmo quando na verdade você que tem que acompanhá-lo...ele sempre foi assim, desigual e extremamente bonito.

Cesar merece o que é dele. Ah, antes que eu esqueça: Proletários de todo o mundo, (des)uni-vos! Vão trabalhar mais e chorar menos.


Quer igualdade? Vai pra prisão, lá o uniforme é laranja e o caráter é nivelado como cobertura de bolo.

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