Por Vin Diesel
(Sr. X: tópico enorme. Mas vale a pena cada minuto investido na leitura. Se não conseguir ler tudo agora, leia o restante depois! Compartilhe o texto!)
"Os esforços do homem, domado para ser escravo, vão conduzi-lo sempre no sentido da amestração, nunca no sentido do seu próprio proveito.
Ele trabalhará cada vez mais e quanto mais trabalhar mais a mulher se afastará dele.
Quanto mais ele se insinuar na sua intimidade, mais exigente ela se tornará.
Quanto mais ele a desejar, tanto menos será para ela desejável.
Quanto mais ele a rodear de conforto, mais comodista, mais estúpida, mais desumana ela se tornará e ele, por seu lado, mais solitário."
"A mulher é tanto mais cara quanto mais agradam seus caracteres
sexuais secundários. É por essa razão que o homem nunca deve ficar deprimido ao
encontrar outro com uma mulher particularmente atraente, mas, sim, deve pensar a que
ponto essa mulher fica cara ao pobre homem."
"Os machos que precisam freqüentar prostitutas por não poderem encontrar outras mulheres, não representam absolutamente a tão decantada “sociedade masculina” sul-americana.
As chamadas mulheres comerciais, não são vitimas dos homens que as procuram, mas da venalidade das chamadas mulheres honestas, que literalmente as jogam nos braços dos homens protetores, apenas por possuírem a força suficiente para isso ?
Saibam que a moral feminina, - a moral de muitas mulheres que desejaram encontrar que as sustenta-se por toda a vida -, não lhes dá a menor oportunidade."
Se o homem se detivesse, uma única vez, no meio da sua atividade febril, para fazer balanço, seria obrigado a reconhecer que os seus esforços no sentido de animar espiritualmente a mulher não a fizeram avançar um só passo, que é certa a mulher tornar-se de dia para dia mais enfeitada, mais cuidada e “cultivada”, mas que as exigências cada vez maiores que faz da vida são de ordem material e não espiritual.
Alguma vez, por exemplo, a maneira de pensar dele, que ele ensina na suas universidades, a induziu a ela a desenvolver teorias próprias?
Alguma vez ela utilizou para investigações próprias ou institutos de pesquisas que ele lhe fraqueou? – Pouco a pouco devia o homem notar que a mulher, pura e simplesmente, não lê todos aqueles livros maravilhosos que ele põe à sua disposição nas bibliotecas.
Que as suas obras de arte, fantásticas, que lhe mostra nos museus, a incitam, quando muito, à imitação/cópia.
Que todos os apelos para a emancipação com que ele espera atingi-la através de filmes e peças teatrais, feitas no seu próprio nível e na sua própria linguagem, são por ela apreciados apenas em função do seu valor recreativo, mas nunca – mas nunca! –a levam a revolta.
É perfeitamente lógico que o homem, que tem a mulher na conta de sua igual, tendo assim que assistir à vida estúpida que ela leva junto de si, acredite que a subjuga. Mas, tanto nos lembramos, nunca a mulher foi obrigada a qualquer submissão à vontade do homem.
Pelo contrário: foram-lhe concedidas todas as possibilidades para se tornar independente. Se a mulher, por conseguinte, durante esse longo período, não se libertou do seu “jugo”, só existe para isso uma explicação: esse jugo não existe.
O homem ama a sua mulher, mas também a despreza, porque uma pessoa que sai de manhã cheia de energia para conquistar novos mundos – o que, evidentemente, raras vezes consegue, porque tem que ganhar a vida – tem de desprezar outra, que não quer fazer o mesmo.
E talvez seja por essa razão que o homem é levado a preocupar-se com o desenvolvimento espiritual da mulher: ele envergonha-se por ela e acredita que ela também se envergonha.
Cavalheiro como é, gostaria de a ajudar a sair desse embaraço. O que ele não sabe é que as mulheres desconhecem essa curiosidade, esse orgulho, essa ambição de fazer algo, que lhe parecem a ele evidentes.
Se não participam do mundo dos homens é só porque não querem: Não sentem necessidade alguma desse mundo.
A espécie de independência que os homens procuram não teria para si qualquer valor, elas não se sentem dependentes.
A superioridade espiritual do homem não as intimida, pois desconhecem o orgulho em matéria espiritual.
As mulheres podem escolher, e é nisso que reside a sua infinita superioridade sobre o homem: cada uma delas pode escolher entre a forma de vida de um homem e a de uma criatura de luxo, estúpida e parasita – escolhem, praticamente todas, a segunda modalidade.
O homem não tem esta possibilidade de escolha. Se as mulheres se sentissem oprimidas pelo homem teriam criado ódio ou medo perante eles, o que é normal suceder em relação aos opressores. Mas as mulheres não odeiam nem tão poucos os receiam.
Se os homens as humilhassem com a sua maior sabedoria elas teriam procurado imitá-los – uma vez que têm todos os meios à sua disposição.
Se as mulheres não sentissem livres, ter-se-iam agora, finalmente, libertado dos seus opressores, nesta constelação historicamente favorável da sua vida.
Na Suíça, um dos países mais desenvolvidos do mundo, as mulheres ainda não possuem um direito de voto geral, há pouco tempo e em determinado cantão suíço pediram às mulheres para votar sobre a introdução do direito de voto feminino – a maioria decidiu-se contra.
Os homens suíços ficaram atônitos, pois julgavam que essa situação indigna era o resultado da sua tutela centenária. Como se enganam: a mulher sente-se menos possível tutelada pelo homem.
Uma das maiores verdades deprimentes a respeito das relações entre os sexos é simplesmente essa: no mundo das mulheres o homem praticamente não existe. O homem não é suficientemente importante para a mulher para que ela se revolte contra ele.
A sua dependência perante ele é apenas material, em certo sentido, “física”. É a dependência de um turista em relação à companhia de aviação que o transporta, a de um dono de restaurante em relação à máquina de café, de um automóvel em relação à gasolina, de um televisor em relação à eletricidade.
Tais dependências não originam qualquer sofrimento de alma.
Sobre a poligamia:
"Enquanto as mulheres continuarem a imitar crianças, enquanto se deixarem proteger sem que tenham motivos para isso, os homens continuarão a ter direito a várias mulheres. Entre todas as menininhas que encontram pela vida fora, têm o direito de procurar uma mulher até encontrá-la. As verdadeiras vitimas de sua poligamia, como já foi dito, aliás, são eles mesmos. Se quiserem prejudicar-se a si mesmos, somente ele, afinal, poderão decidi-lo."
Sobre a burrice das mulheres:
"Por que não usam as mulheres o seu cérebro? Não o usam porque, para se conservarem vivas, não necessitam de aptidões espirituais. Teoricamente seria possível uma mulher ter menos inteligência que, por exemplo, um chimpanzé e, no entanto, afirmar-se entre os homens. O mais tardar aos doze anos - idade em que a maioria das mulheres resolve iniciar a carreira de prostituta, ou seja, a de deixar mais tarde um homem trabalhar para si, pondo-lhe a disposição sua vagina, a intervalos determinados, como contraprestação – cessa a mulher de desenvolver o seu espírito."
Sobre o prejuízo material no casamento:
"Em todo caso, seria mais econômico para o homem satisfazer o seu instinto
sexual com prostitutas em vez de se precipitar no casamento (com prostitutas, no
sentido convencional: - a rigor, a maioria das mulheres pertence a esse grupo).
Mas como o homem também nesse caso age segundo o princípio do rendimento do trabalho, para o qual foi domado, considera como inferior o sexo pelo qual não paga muito.
O seu prazer é tanto maior quanto mais cara é a mulher com quem dorme. E quando não consegue de outra maneira a mulher que deseja - ou se não vê outra possibilidade de a conservar - oferece o preço mais alto e leva-a ao altar."
Download do livro completo de Esther Villar: O Homem Domado.
Livro de Ester Villar
Comentários sobre a obra:
O livro “O homem domado”, da escritora argentina, Esther Vilar já é quarentão, mas não deixa de ser super atual. Ela começa relatando uma cena do cotidiano. Um carro esporte para no acostamento de uma auto-estrada movimentada nos Estados Unidos com o pneu furado, em manhã de chuva. A motorista sai e assume a clássica postura desvalida de quem não se dá costumeiramente bem em tais situações. Não demora muito e um cavalheiro pára atrás e prontifica-se a resolver o problema. Suja o terno e as mãos. Ela oferece-lhe simpaticamente um lenço branco. Ele aceita, meio constrangido. Ela despede-se e ele volta para casa tendo de se reorganizar para o dia de trabalho.
A escritora, nascida nos anos 30, que se casou com um médico alemão, descasou-se dele, voltou a casar com o mesmo. Depois de ter andado pelas Américas, África e Europa, passando por vendedora, operária, balconista, tradutora, e secretária, virou médica e finalmente, escritora. Torna-se famosa em todo o mundo, como a mulher que rasgou os “papéis” sociais de homens e mulheres do seu tempo, depois se viu, de todos os tempos.
O homem em termos médios, estatisticamente, sagrou-se tão superior á mulher que não “permite” que ela faça absolutamente nada. A mulher assumiu, lá também em termos médios, uma tremenda submissão e uma fragilidade capaz de faze-la morrer de vergonha, medo, culpa, com muita facilidade para atender a expectativas que sobre ela eram postas e obter justificação de sua extrema dependência.
No seu livro, Esther Vilar diz que não é nada disso. Que o homem é um ser absolutamente subserviente e só faz o que fez no início do livro, por isso. Segundo ela, este é o verdadeiro “macho man”, aquele que se desdobra pela fêmea, que assume a conta pelo resto da vida, pagando moradia, comida, roupas finas, abrindo a porta do carro, trabalhando extraordinariamente, para “apenas”, segundo ela, adquirir um título de varão, e usufruir a ilusória posse. Sequer na cama ele consegue ser superior. Para afirmar isto ela se vale do seu savoir médico e biológico para explicar o fato de a mulher, unicamente ela, conseguir simular orgasmo. E assim, este é o ponto: a mulher subjuga o homem e ele se torna o seu escravo. Mas, paradoxalmente, ele se sente feliz...
Para Esther Vilar o mais significativo nas relações de gênero, para a mulher, é garantir que sempre haverá alguém que faça as coisas por ela. Totalmente compreensível, claro, diante dos valores que a “educação” provia, mais as leituras da adolescência e as mensagens das telenovelas. Aqui os perfis femininos e masculinos impingidos e introjetados determinavam o contraste da seguinte maneira: mulheres frágeis, delicadas, puras e homens orgulhosos, fortes e dominadores.
Nesta precisa época vingava aquele paradigma em que o binômio amor/casamento que se consolidava na relação homem/mulher, onde o menos importante e o mais ausente ou camuflado seria o eros e a mais presente a repressão. A partir disso, aquela mulher crítica, que pensava, falava, escrevia, discutia, reclamava, se revoltava, teria que ser necessariamente a mais feia, mais masculina e conseqüentemente, mais perigosa.
Esther Vilar desmascara a conveniência. O que para todos era compreendido e aceito não era para ela. Foi ameaçada de morte pelas feministas já que anulara a força da sua luta. Para a escritora, a mulher já era e sempre foi um ente soberano, o que não penava a senhora Betty Friedan e suas seguidoras. O texto, publicado inicialmente em 1972, foi reeditado em 1998, é polêmico, chocante, provocador e, ao mesmo tempo, divertido. Ridiculariza o homem sem que com isso elogie a mulher que para ela são umas exploradoras. E ..“como contraprestación le pone la vagina a su disposición a intervalos regulares”. Pode-se até assegurar que Esther Vilar utiliza em sua obra fortemente a teoria antropológica da vagina, criada por ela mesma, pois é precisamente com esta ferramenta que ela mulher tortura e submete o homem.
Que foda, e ninguém comentou, ainda vou reservar um dia pra terminar de ler o livro.
ResponderExcluirÉ de deixar qualquer um atônito!
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